Ontem (eh que ainda não dormi, logo para mim ainda não eh outro dia...) tirei as fotos da placa de mural (finalmente um dos últimos rituais para me formar engenheiro uhuh!) e no estúdio que era na verdade um restaurante com terno e gravata azul (suit you up!!). Tudo bem na sessão de fotos, reencontrei vários colegas de curso, momento de confraternização bem legal. Contudo na véspera da sessão nem tudo tava bem.
Primeiro problema, não tenho terno por simplesmente não ser algo que uso bastante. Acho q soh usei terno umas 3 vezes (formatura de minha irmã e uns 15 anos que participei). Como de costume deixei para última hora a resolução desse problema. Cedinho fui em uma lojas de aluguel de trajes junto com minha mãe que também eh ótima costureira e tem atelier para quem quiser encomendar roupa. Lah escolhi um terno ou melhor, peguei o único terno disponível do meu tamanho. Ok problema 1 resolvido.
Enquanto esperava para pegar o terno que ficaria pronto mais tarde, decidi cortar a juba o cabelo para ficar bem na foto ou seja menos feio, mas dae surgiu o problema 2, título do post. Minha cabeleleira desde os tempos de criança que fica do lado de casa tava viajando. Ela se chama Lúcia e conhece bem o meu gosto e não precisa perguntar qual o tipo de corte que eu quero fazer - pergunta na minha opinião bastante difícil de responder.
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Não, esta não é a Lúcia e nem este eh o salão dela. |
Após perguntar ao meu pai onde teria um salão perto, ele me disse que na outra rua tinha. Indo lá perguntei para a moça da recepção se tinha a possibilidade de cortar meu cabele, friamente me responde como se não me quisesse lá: "Não, a cabeleleira não veio..."
Disposto a cortar o cabelo para parecer simpático na foto, decidi procurar outros salões. Andando um pouco avistei um salão vazio uma verdadeira caixa de fósforo pelo tamanho com suas funcionárias do lado de fora fofocando conversando. Olhando o local e o naipe das mulheres optei por não arriscar um corte duvidoso que ficaria pela eternidade em uma placa pendurada no laboratório de elétrica da UFPA.
hall das placas lah do laboratório da Ufpa |
Caminhando para mais longe cheguei a um salão de estética cabeleiro que tinha um anúncio de corte de cabelo. Não dava para ver o que tinha lah dentro. Bati na porta que estava fechada. Do nada a porta se abre e aparece um carinha com um jeitinho bem... peculiar, dava para notar que ele era cabeleliro... Me olhando com um desdém fica me encarando até que eu pergunto: "Quanto tah o corte de cabelo masculino?". Como o ocorrido no outro salão com meia boca me fala: "quinze". Sem conter meu espanto pelo valor (galerinha eu sou uma pessoa acostumada a pagar R$5,00 pelo corte) soh respondo: "ahmmm... Ok obrigado". Lembrei da existência de outro salão lah perto, contudo enquanto fazia o caminho ficava me perguntando se eu tava mal vestido e tal pelo tratamento nada cordial dos atendentes nem o cara gay me atendeu bem e olhaque tenho olhos verdes hahaha e do valor alto para um simples corte de cabelo.
Quando cheguei no outro salão que tava cheio a dona me recebe, dae pergunto quanto que tava o corte, mais uma vez fico assustado pois ela me fala que tava R$13,00!! Triste penso, ah que se foda lasque , vou tirar a foto cabeludo mesmo e cortar com a Lúcia que é mais barato!!
Espero dá a hora para pegar o terno e voltando para casa tive uma idéia. Por que nào cortar eu mesmo como jah havia feito na França?
Os brasileiros que conheci no intercâmbio em quase que sua total totalidade quando chegam na França tomam um tremendo susto quando o cabelo cresce e têm que corta-lo (como aconteceu agora no Brasil). O preço mais barato que encontrei em Toulouse era em um salão perto do Insa, que cobrava por volta de 11 euros para estudante no corte masculino sem lavar, pois se quisesse com lavagem (que nada mais eh q passar um shampoozino pior que se vc mesmo o fizesse) o preço passava para 16 euros. Como forma de economia os brazucas ou cortavam eles mesmos seus cabelos ou pediam ajuda para outro cortar. Os resultados eram as vezes desastrosos... Eu me lembro de dois fatos sobre isso.
O primeiro fato foi quando os novos brasileiros tavam procurando alguém que tivesse uma máquina para cortar o cabelo. Perguntado para todos conseguiram chegar ao Leo, veterano em Toulouse e que tinha o cabelo grande e a máquina. Não lembro quem pediu para ele, mas lembro da resposta dele se ele emprestaria:
"É claro que eu empresto!! Sem problema algum. Mas soh queria te falar um detalhe. Eu uso regularmente a máquina, mas se vc eh um bom observador, deve ter notado que o meu cabelo aqui de cima -neste momento apontava para a cabeça, não parece ter sido cortado a algum tempo... Vais querer a máquina assim mesmo??"
Como qualquer pessoa cautelosa, o brasileiro q pediu não quis mais a máquina do Leo emprestada... Mas sei que quando o Leo foi embora, deixou a máquina para doação
A outra coisa que me lembro foi uma vez que eu mesmo cortei o meu cabelo, foi uma trabalheira, pois soh tinha como espelho um pequeno de um estojo de lentes e o do banheiro (para cortar a parte de trás da cabeça são necessários dois espelhos...). Posso falar que é legal cortar o próprio cabelo, no início vc fica tímido, corta um pouco de cada vez, olha no espelho, ve que o resultado fica bom
Voltando a atualidade... a idéia de cortar o meu próprio cabelo estava bem fixa na minha cabeça, mas para não cometer o mesmo erro, pedi para minha namorada fazer o corte. Ela toda desconfiada falou se eu realmente queria que ela o fizesse, pois ela nunca havia feito aquilo. Como o trabalho não era complicado disse que sim, e comecei a instrui-la de como queria que ela fizesse o corte que era cortar uns cabelos muitos rebeldes dos lados da cabeça. Como aconteceu na França comigo, de primeira ela tímida, cortava fio por fio, até pegar confiança e começar a cortar em mechas. Vendo o brilho nos olhos dela e a vontade de cortar mais e mais falei que estava bom o corte. Ela com sede de cabelo nos olhos queria mais... mas sabendo o possível resultado ruím e a importância das fotos que seriam tiradas no outro dia, disse que estava ótimo - e realmente estava bom. O uso de um gel combinado ao corte que ela tinha feito teria um resultado bom nas fotos.
Resultado do corte no outro dia, muito bom! |
Vou até dar a oportunidade dela cortar mais o meu cabelo esperando um resultado bom
Cortar cabelo é que nem jogar video game, quanto mais vc joga, mas quer jogar e assim é quando se corta cabelo, quanto mais cabelo vc corta, mas vc quer cortar (o dos outros é claro!!! hauhauhauahau)e se não tiver alguém perto de vc falando "tá bom de cortar" vc não para mais; podendo causar uma grande cagada.
ResponderExcluirMas que é uma sensação legal, isso é!